Morador do povoado de Tanquinho, o vocalista de uma banda de
reggae Phil Bala, candidato a vice-prefeito de Feira de Santana na chapa de Marcela
Prest (PSOL), foi o convidado desta segunda-feira (26) no Bom Dia Feira, iniciando
a série de entrevistas com os nove candidatos a vice nas eleições 2020.
Phil fazia parte da associação de moradores de onde mora, quando
começou a dar os primeiros passos em direção a política feirense.
'Quando o companheiro Jonathas Monteiro apareceu no cenário
político em 2012, eu já fazia parte das ações da comunidade e pelas propostas
do partido, comecei a ser simpatizante do PSOL. Procurei ter contato, procurei
levar ele para a associação dar palestras e de lá pra cá, não perdemos o
contato, foi quando, em 2015, me filiei. Eu estou preparado para assumir, tenho
uma equipe coletiva e eu não estarei sozinho dentro da prefeitura, sei o que é sofrer
com a negação de direitos, exploração', afirmou.
De acordo com ele, as ações voltadas para trabalhos comunitários,
na luta por direitos das comunidades quilombolas, foram determinantes para a candidatura.
'O fato de ser músico, negro, jovem, o partido entendeu ter
sido importante ter essa representatividade junto a uma mulher feminista atuante
e foi assim que chegou ao meu nome, em um processo coletivo como é a nossa
candidatura. Antes de formar essa chapa, já havíamos tendo trabalho conjunto, o
PSOL é um projeto coletivo, participativo, não temos problemas de vaidade
dentro do grupo, temos a certeza de que não vamos compactuar com o modelo de
vice que estamos vendo em nosso país. Marcela e Phil independente de quem está acima
ou abaixo, não teremos essa vaidade da cultura do eu, será uma relação
tranquila e participativa', pontua o candidato a vice.
De acordo com o músico, um dos principais objetivos da chapa,
caso eleito, será o investimento na saúde municipal.
'O partido defende a criação de hospital municipal, melhorar
a atenção básica e a construção de mais postos de saúde na zona rural,
principalmente nas comunidades quilombolas que são as que mais sofrem com essa
falta de atendimento, esse sistema de saúde em Feira nunca tem vaga', disse.
Questionado sobre o recém inaugurado BRT, Phil diz ser
contra o atual modelo do equipamento na cidade.
'O BRT não atende à demanda, não chega mais a ser uma crítica
ao governo, o BRT não contempla a maioria da população, principalmente a
periferia, até porque o formato do BRT não é o formato correto porque não tem
uma linha específica segregada, não era pra dividir espaço com as demais linhas
e sim com um linha específica, o PSOL pretende reformular o restante da verba
para aumentar a frota de ônibus e redesenhar os percursos. Tem que se fazer um
planejamento em consenso, o que foi feito até aqui gerou muita confusão', diz.
Segundo o candidato, as alterações propostas pela chapa a qual
ele pertence também se entendem ao Shopping Popular.
'A gente defende a revogação do decreto porque o shopping
não contempla a relocação de todos os ambulantes de rua, são 5 mil
trabalhadores e o shopping, que não tem nada de popular, só tem espaço para
1.800 pessoas e as demais ficaram sem ter o que fazer. Nós defendemos a
organização do centro, não quer dizer que esse trazer de volta acontecerá de
maneira desorganizada, sou contra o shopping porque já descaracterizou a parte
do artesanato, parte cultural de Feira, eu defenderia um shopping feito em
outra área e formato', ressalta.
Assista a entrevista na íntegra:
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